quarta-feira, dezembro 27, 2006
Ora nem mais
Num País onde as palavras de ordem repetidas por Sócrates são “trabalho árduo”, os funcionários públicos têm hoje uma magnânima tolerância de ponto. A uma terça-feira. Num País onde as palavras de ordem repetidas por Sócrates são “trabalho árduo”, os funcionários públicos têm hoje uma magnânima tolerância de ponto. A uma terça-feira.
O mesmo primeiro-ministro apregoa a necessidade de alavancar a produtividade com uma mão e com a outra assina mais um feriado sem sentido para 730 mil trabalhadores.
Por que razão tem o País hoje todos os serviços públicos fechados? Se precisa resolver qualquer assunto em que os serviços do Estado intervêm, espere por amanhã – é este o sinal que se pretende dar à actividade privada? Acha José Sócrates que os sindicatos lhe vão agradecer? E como? Desconvocando greves? Estes mesmos sindicatos que criticam Rui Rio por não ter alinhado na nacional bandalheira, negando a tolerância de ponto aos trabalhadores da Câmara do Porto.
E muito bem. O País tem de deixar as duas velocidades: a do sector privado, sempre pressionado por cargas fiscais exageradas e dependente do que consegue produzir para sobreviver; e a do público, com a sua modorra atávica, para a qual todas as pontes não são de mais e Portugal é um poço sem fundo que jamais se esgotará não obstante a passividade produtiva.
Com a corajosa decisão, que hoje põe à disposição dos cidadãos os serviços públicos de que necessitam, Rio dá uma lição ao País. E ao Governo socialista.
São de Sócrates os apelos ao “trabalho árduo”, mas é a Câmara do Porto que o põe em prática. Enquanto Rio for excepção, Portugal não sairá da regra de um País de mão estendida."
Octávio Ribeiro, Director Adjunto do Correio da Manhã
Concordo a 100% com estas palavras.
Pode-se dizer o que quiserem de Rui Rio: que é arrogante, presunçoso, petulante, etc.
Mas, a verdade é que neste estilo que marca a diferença, é um presidente de câmara exemplar, que trabalha dia após dia convicto dos seus ideais de gestão e apresenta bons resultados.
São muitos os portuenses socialistas que deram a mão à palmatória e reconhecem o trabalho de Rio, independentemente do partido a que este pertence.
Rui Rio tem-se mostrado coerente, íntegro, e com um programa bem definido, nomeadamente no que concerne às despesas correntes e, sobretudo, subsídios. Admiro o seu carácter e determinação e acredito que irá chegar muito longe...
domingo, dezembro 24, 2006
Feliz Natal!
I`m simply the best!
(better than all the rest...)
lembrei-me ;)
Era assim que todas nós nos deviamos sentir todos os dias ao acordar!
Have a nice day =)
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Boega
Há uns tempos atrás, através de um fantástico convite para um fim de semana, conheci um sítio apaixonante no Minho
Romântico quanto baste, com um bom serviço, esta histórica estalagem proporciona momentos relaxantes e propícios a momentos a dois e passeios pela natureza.
Conservando os traços originais, restaurou o espaço, colocando ao dispôr dos hóspedes espaços tão diversificados como a Casa do Presidente, a capela, a biblioteca, os jardins ou ainda a piscina de pedra.
Os quartos, com pinturas do século XVII e vistas sobre o jardim e o rio Minho, são distintos. A junção da pedra e dos tectos de madeira típicos da época com mobiliário adequado transformam esta casa em Vila Nova de Cerveira num local em que se espera voltar sempre.
O restaurante "O Pregrino" situado na propriedade revelou-se uma boa surpresa pela qualidade e simpatia.
Por tudo isto e muito mais espero regressar brevemente.
Mas assim... de Inverno e com a lareira sempre acesa...
:)
sexta-feira, dezembro 15, 2006
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Porra
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Um cheirinho só =)
Oh pá
De sentir,
cheirar o mundo,
viver as pessoas,
aprender,
renovar...
E quem sabe um dia talvez regressar.
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Off
Com uma neura daquelas.
Só me apetece desligar tudo e esconder-me debaixo dos lençóis.
Até mais logo.
Update:
E afinal não meti a cabeça no travesseiro :)
Arranjei-me, mandei o TPM para longe e comecei a sorrir... Primeiro um esboço só, depois fui abrindo o sorriso conforme vocês chegavam e acabamos a noite às gargalhadas!
Acabei por ter uma festa de aniversário fantástica!!!
Jantar aconchegante; chuva; início de noite com alguns copos mas calmo ainda; vento, muito vento; dançar até o corpo doer; vento, vento, vento... e afinal já é de manhã e continuamos todos a sorrir...
A vocês que estiveram lá:
OBRIGADA :)
Pelo carinho,
pela amizade sempre sincera,
pelos abraços,
pelas palavras,
todas.
Sem vocês eu não era tão feliz como sou.
F:
És o meu pilar. A minha segurança. A minha melhor parte. Contigo a vida é bem mais colorida.
U´re my angel...
terça-feira, dezembro 05, 2006
Dá que pensar...
"Prometi há tempos ao FadoAlexandrino que publicaria a sua "declaração de voto" no referendo. Aqui fica, pois.
O povinho português vai ser chamada a votar No Referendo.
E qual é a pergunta?
Ora nem mais:
Concorda que com o dinheirinho dos seus impostos, seja executada um expulsão controlada e prematura do feto, ordenada pela pessoa portadora do mesmo, que não quer ser Mãe, sem dar qualquer explicação nem justificação, num sitio onde os médicos podiam estar a fazer outras coisas, como por exemplo pôr em dia as milhares de operações que estão atrasadas, ou não havendo possibilidade de o referido acto ser ali feito, seja o mesmo executado numa clínica particular (procurar na lista telefónica em Abortos) sendo depois a utente ressarcida do valor pago através da comparticipação do Serviço Nacional de Saúde?
Eu vou dizer não.
Se você acha que deve pagar para eliminar os erros dos outros que se fartaram de gozar ao fazê-los, esteja à vontade, diga sim.
____________________________a minha resposta:
Fado, colocando as coisas do ponto de vista do dinheirinho do contribuinte (que para mim nunca foi um problema a considerar, mas é a questão que colocas), aplicado no local onde os médicos podiam estar a fazer outras coisas ou em clínicas particulares, vamos à questão dos gastos e ao consumo de recursos com a verdade pura e dura: em que é que o Estado gasta mais, no aborto ou em tudo a que essa mãe e essa criança vão ter direito? é o dinheiro que está em causa, ou, a ser, seria mais ao contrário?
Depois vem a questão mais delicada da moralidade, muito mais discutível. No fundo o que me parece a tua grande questão é pagar para eliminar os erros dos outros que se fartaram de gozar ao fazê-los.
E aqui, meu amigo, muito longe nos poderia levar este argumento; como te respondi lá, os exemplos a considerar e a ponderar em termos de legitimidade de acesso aos meios e aos dinheiros do Estado, são vários. Vejamos alguns:
-O tabaco, fonte de prazer para quem o usa, é uma causa conhecida de Doença Pulmonar Crónica Obstrutiva e de Cancro: devem os fumadores ter direito a tratamento?
-O Alcoolismo, é uma praga nacional e, concordarás, quem bebe, sente algum prazer com isso e fá-lo de livre vontade. Devem os contribuintes estar de acordo com o tratamento dos doentes com cirrose hepática?
-Os acidentes de viação são outra praga nacional, causa de mortalidade e morbilidade elevadíssimas. Deve o Estado recusar-se a tratar vítimas de acidentes que conduzem de forma irresponsável em excesso de velocidade ou com alto teor de alcoolemia?
-A SIDA tem no nosso País uma prevalência das maiores da Europa. É das doenças que maiores recursos económicos consome, está associada a comportamentos de risco, e penso que concordarás, podemos incluir estes doentes no grupo dos que se fartaram de gozar, e acrescento, de forma completamente...umas vezes suicida, outras assassina. Deve o estado, deixar de financiar os tratamentos?
Ainda te deixei outro exemplo: O cancro do útero está associado à nuliparidade( zero filhos) e à ausência de vida sexual. Deve-se condenar o comportamento de risco e limitar os tratamentos a quem tenha feito esta opção?
É, Fado. É perigoso entrar pela via da análise de comportamentos."
segunda-feira, dezembro 04, 2006
19/07/34 a 4/12/1980
domingo, dezembro 03, 2006
Ora bem :)
- Este relógio da Omega ou o modelo Vilamoura da Eletta (aweeeeeeee grande presente!!!);
- Anel da linha Chien ou Class One da Chaumet em ouro branco (tive como melhor presente do Mundo o liens da Chaumet. Sinceramente, não quero mais nada.. :);
- Anel da linha Possession da Piaget;
- BMW X3 ou o Volkswagen Touareg ou se não for pedir muito um destes;
- Hot Bear;
- uma tábua de engomar assim mas com uma foto diferente... pode ser com este, este ou ainda este;
- aquele roupão branco da Gant ... é tão lindo!
- Vestido do Nuno Baltazar :) (esta só algumas pessoas irão perceber) (pois bem, já está :) ;
- Isto para fazer conjunto com a mala que me ofereceram este fim de semana :D ;
- DVD's: colecções de ER - Serviço de Urgencia, House - MD, Lost, Ally McBeal, Sexo e a Cidade (já tenho a colecção toda ;)), Os Sopranos, Friends e Donas de Casa Desesperadas;
- Um destes conjuntos da Éprise ou Antinéa da Lise Charmel, La Perla ou do género :)
- Este perfume da Escada (Sunset Heat) já foi oferecido hehe :D
- Livros:
- Gonçalo Cadilhe: Planisfério Pessoal (done!)
- David S. Landes: A Pobreza e a Riqueza das Nações;
- Frans Lanting: Olhos nos Olhos;
- As Trevas;
- Rodrigo Guedes de Carvalho: Mulher em Branco (já cá canta :D)
- Paul Reiser: Doido por Ti;
- Miguel Sousa Tavares: Sul;
- Pearl S. Buck: A Boa Terra;
- José Saramago: As Pequenas Memórias;
- Ruth Rendell: Sentença em Pedra;
- José António Saraiva: Confissões;
- José Rodrigues dos Santos: A Fórmula de Deus (done!);
- Cd dos The Gift
- Um fim de semana num qualquer espaço bonito a dois (já tive ;) )
- etc;
quinta-feira, novembro 30, 2006
Tive aqui a pensar e...
Ou seria abusar muito? ;)
P.S.: Bom feriado!!!
terça-feira, novembro 28, 2006
Adoro-as
sexta-feira, novembro 24, 2006
Sirvam-se :)
Fantástica
O comentador político e antigo deputado lamenta ver «militantes a não só aceitarem a classificação, mas classificarem-se como militantes de um partido de direita», acrescentando que se esses militantes «lessem e estudassem o programa» do PSD isso não aconteceria uma vez que, segundo este, «Sá Carneiro explicitamente negou a classificação como partido de direita».
Pacheco Pereira advertiu para a necessidade do PSD não repetir erros cometidos no passado e que ainda hoje custam caro ao partido, dando um exemplo que se reporta ao tempo da liderança de Cavaco Silva, quando «o PSD apareceu, em dois ou três discursos, a falar da trilogia salazarista «Deus, Pátria e Família».
Para o ex-eurodeputado, este é um erro pelo facto do PSD ainda que «moldado pela tradição da Doutrina Social da Igreja» ser na verdade «um partido programaticamente laico», apesar da sua «tradição de personalismo de raiz cristã».
Neste debate, Pacheco Pereira disse ainda que o partido não pode voltar a cometer o erro de fazer uma campanha eleitoral «populista à americana, negando a identidade dos partidos adversários».
«São erros que pagámos caríssimo e que, provavelmente, vamos continuar a pagar por mais anos», frisou, defendendo que, paralelamente à discussão sobre a revisão do programa do partido, o PSD deve discutir a alteração dos seus estatutos, de modo a «reforçar a dimensão cívica do partido».
O ex-eurodeputado advertiu ainda que o «PS vai pagar caro por governar mantendo o partido num canto», acrescentado que «um partido de funcionários públicos é um desastre».
Pacheco Pereira alertou também para as «boas e má consequências da globalização» e para a espectacularização da política», defendendo que o PSD deve intervir em questões importantes para o futuro do país, como a educação, a bioética e a investigação científica.
quinta-feira, novembro 23, 2006
Hoje...
E não gostei nada :(
Não ganhei para o susto, além que me destruiu a frente toda do carro e magoou-me :(
Passou o vermelho, bateu-me com toda a força num cruzamento e ainda diz que não me viu.
Tem dias assim... Dias não.
domingo, novembro 19, 2006
Sabias que és...
segunda-feira, novembro 13, 2006
Magusto
Gostei de vos reunir à mesa.
Gosto das noites assim, sem pressa.
Comeram-se castanhas, contaram-se histórias e provou-se o vinho.
Desafio:
quinta-feira, novembro 09, 2006
Fim de Dia
Esperei-te no fim de um dia cansado
À mesa do café de sempre
O fumo, o calor e o mesmo quadro
Na parede já azul poente
Alguém me sorri do balcão corrido
Alguém que me faz sentir
Que há lugares que são pequenos abrigos
Para onde podemos sempre fugir
Da tarde tão fria há gente que chega
E toma um café apressado
E há os que entram com o olhar perdido
À procura do futuro no avesso do passado
O tempo endurece qualquer armadura
E às vezes custa arrancar
Muralhas erguidas à volta do peito
Que não deixam partir nem deixam chegar
O escuro lá fora incendeia as estrelas
AS janelas, os olhares, as ruas
Cá dentro o calor conforta os sentidos
Num pequeno reflexo da lua
Enquanto espero percorro os sinais
Do que fomos que ainda resiste
As marcas deixadas na alma e na pele
Do que foi feliz e do que foi triste
Sabe bem voltar-te a ver
Sabe bem quando estás ao meu lado
Quando o tempo me esvazia
Sabe bem o teu abraço fechado
E tudo o que me dás quando és
Guarida junto à tempestade
Os rumos para caminhar
No lado quente da saudade
Mafalda Veiga
Ofir é o meu abrigo, o meu retorno, o meu descanso.
Basta uma tarde, uma noite, algumas horas.
Lá reencontro-me(te).
Sou feliz ali.
É onde choro, falo, sorrio e desabafo.
E amo.
quarta-feira, novembro 08, 2006
Upa
terça-feira, novembro 07, 2006
sexta-feira, novembro 03, 2006
Chocolate
terça-feira, outubro 31, 2006
1+ 1 =
quinta-feira, outubro 26, 2006
Apetece-me
sábado, outubro 21, 2006
Feiras Novas 2006
sexta-feira, outubro 20, 2006
quinta-feira, outubro 12, 2006
Até já!!!
quarta-feira, outubro 11, 2006
Tic Tac
Hoje fui ao médico.
Hoje vi mulheres.
Hoje vi sorrisos.
Hoje vi barrigas enormes, pequenas e grandes.
Hoje vi ansiedade, medo e orgulho.
...
Hoje suspirei baixinho
Fechei os olhos e
Vi um mundo rodeado de crianças
de olhos brilhantes,
roupa suja e cabelo desalinhado.
Hoje vi brincadeiras e travessuras.
...
Hoje senti o relógio,
mais uma vez.
Não.
Ainda é cedo
Sorrio.
Atrasa-te mais um pouco vá.
Hoje voltei a andar com os ponteiros para trás.
....
Quero
Muito
muitos...
terça-feira, setembro 26, 2006
segunda-feira, setembro 25, 2006
domingo, setembro 24, 2006
quarta-feira, setembro 13, 2006
De se tirar o chapéu!
terça-feira, setembro 12, 2006
domingo, setembro 10, 2006
Diário de Bordo
- São Martinho do Porto;
- Óbidos;
- Tróia;
- Lagoa de Melides;
- Lagoa de Santo André;
- Porto Côvo;
- Vila Nova de Milfontes;
- Castelo de Vide;
- Valência de Alcantâra;
- Porto.
Conclusão:
Cansativo, muito. Principalmente o último dia em que fiz Porto Côvo - Beja - Évora - Portalegre - Castelo de Vide - Valência de Alcantâra - Porto. Não, eu não estava doida, mas ele devia estar!! Mas acima de tudo foi muito muito bom! Uma semana fantástica, sempre em boa companhia e onde eu sorri muito!
Estou de bem com a vida :)
terça-feira, setembro 05, 2006
Ai Alentejo Alentejo
(Garganêra... Volta, tás perdoada!)
domingo, agosto 27, 2006
Volto já
Saudade
domingo, agosto 20, 2006
Elogio ao Amor
Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossivel. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à minima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possivel. O amor tornou-se uma questão prática.
O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estupido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raia de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coracao e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida e outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá la um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abracos, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condicão. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusao é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso
sexta-feira, agosto 18, 2006
quinta-feira, agosto 17, 2006
GrRr...
quarta-feira, agosto 16, 2006
quarta-feira, julho 26, 2006
Tremeliques ... quem não os tem? ;)
:P
Tava aqui a pensar...
P.S.: Aceitam-se teorias de todos os géneros desde que realizáveis!
Vício de Ti
Duvidas daqui para a frente
Sobre os seus propósitos
É difícil não questionar
Canto do telhado para toda a gente ouvir
Os gatos dos vizinhos gostam de assistir
Enquanto a música não me acalmar
Não vou descer
Não vou enfrentar
O meu vício de ti não vai passar...
E não percebo porque não esmorece
Ao que parece o meu corpo não se esquece
Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti
Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti
Levei-te à cidade
Mostrei-te ruas e pontes
Sem receios atraí-te às minhas fontes
Por inspiração passamos onde mais ninguém passou
Ali algures algo entre nós se revelou
Enquanto a música não me acalmar
Não vou descer
Eu não vou enfrentar
O meu vício de ti não vai passar...
E não percebo porque não esmorece...
Será melhor deixar andar?
Não me esqueci, não antevi,não adormeci o meu vício de ti
Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti
Eu canto só para a cidade ouvir
E entre nós há promessas por cumprir
Mas sei que nada vai mudar
O meu vício de ti não vai passar, não vai passar...
Mesa
sexta-feira, julho 21, 2006
:)
Cúmplices
A noite vem às vezes tão perdida
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
E tudo o que era fundo fica perto
Nem sempre o chão da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
É tantas vezes o que resta do calor
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Trocamos as palavras mais escondidas
Que só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida
Ou talvez só até amanhecer
Fica tão fácil entregar a alma
A quem nos traga um sopro do deserto
O olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Mafalda Veiga
Para ti!
terça-feira, julho 18, 2006
Acho que ando a precisar disto
Ando irritada,
triste,
carente,
se calhar até com as hormonas meias trocadas cá dentro...
Só sei é que já há muito que não me sentia assim tão sozinha, tão incompreendida e tão perdida.
São fases, sim. Mas confesso que não estava preparada para esta. Veio num mau momento.
Preciso de colo,
de um abraço,
de um beijo.
E de um spa.
(um desabafo só)
quarta-feira, julho 12, 2006
terça-feira, julho 11, 2006
Coisas de Gaja!
Ontem, aquando da minha vegetação nocturna pelas novelas diárias que passam nos canais portugueses, dei por mim a questionar-me do porquê das mulheres verem telenovelas. E cheguei à conclusão de que não é pelo enredo, companhia ou o que quer que seja. A razão, meus senhores, é esta:
Ora bem... Com este tipo de visões é óbvio que não há mulher que resista a dar uma espreitadela ao televisor. Faz bem à alma, à vista, ao ego e deixa-nos sonhar, nem que seja por breves instantes. E depois, os homens que nos desculpem, mas se eles podem falar de futebol, política ou gajas, porque é que nós não podemos ver estes verdadeiros deuses? Além de que estes são impossíveis de alcançar, ao contrário da vizinha, amiga ou namorada de não sei quem que eles costumam comentar.
Já imaginaram a quantidade de mulheres que depois de meia hora de novela fica com melhor humor e transformam a noite que se aproxima? Homens aprendam... deixem-nos olhar que não mordemos a tv... já quanto a vocês... este tipo de coisas abre o apetite ;)
Viva a ficção, nacional ou internacional! ;)
quinta-feira, julho 06, 2006
Sonho do Mundial
- Um país unido;
- Recintos cheios;
- Vitórias celebradas e sofridas por todos (ainda me dói o estômago);
- Apostas feitas (ai os meus 4 dias em Londres :)
- Uma selecção e um treinador que são mais que um grupo de homens, são uma união!
Portugal!
terça-feira, julho 04, 2006
Amor
Ela já falava inglês quando ele nasceu. Ela ouve jazz, blues, rock e bossa-nova. Ele cantarola umas músicas dos Da Weasel, adora o Eminem e curte o tum-ti-tum-ti-tum das discotecas. Ela vai para barzinhos simpáticos, com música ao vivo, onde possa conversar com os amigos. Para ele, nenhum lugar com menos de cinco mil decibéis é bom. Ela está a fazer o mestrado e pensa seriamente num segundo curso. Ele vai a menos de meio da faculdade. Numa roda de amigos, ela fala de música, política e arte. Ele pergunta logo se alguém viu o CSI da noite anterior. Ela lê Tolstoi, Dickens, Proust, Kafka... Ele tem todos os livros da Marvel. Ela preocupa-se com os prazos do cliente e com o dinheiro que ainda não caiu na sua conta. Ele só pensa no exame de Química. Quando ela o vai buscar a casa para sair, a mãe dele olha-a como se estivesse a deixar o filho ir passar um fim-de-semana com o Michael Jackson em Neverland. Mas ela nunca tinha parado para pensar nisso. E nada disso faz a menor diferença quando ele a olha com aquele olhar de gatinho em pet shop, diz que está cansado e deita a cabeça no seu colo, fechando os olhos e pedindo mimos.Estão a pensar ir morar juntos. Ele já não tolera a intromissão e a pressão dos pais, ela já não aguenta as saudades das noites sozinha.Eu adorei a novidade. Ainda que esta história me tenha feito recordar uma outra, com final menos feliz… "
Apanhei este texto num blog conhecido! Fiquei a pensar em como o Amor é tantas vezes diferente na sua forma, contornos e essência... mas consegue ser sempre livre, grandioso, arrebatador.
No nosso Amor não há assim tantas diferenças, ambos temos gostos parecidos, idades diferentes e formas de vida similares. Contudo há dias em que falamos linguas distintas, em que tudo parece ser um muro de pedra que nos distancia. E no final... basta olhar um para o outro dar a mão, sorrir e o mundo sossega outra vez.
Não sei se a nossa irá ser uma história com final feliz ou não. Só sei que gostava que sim, que acredito mas que vivo um dia de cada vez, porque estamos bem assim.
quarta-feira, junho 28, 2006
Início
Este será um espaço de desabafos, revoltas, confissões, risos, descobertas... Descobrir-me a mim mesma, como sou, como nunca antes me tinha(m) visto.
Bem vindos a bordo!