Este post da Poisoned Apple, está simplesmente real. É a verdade dura e crua, mas é a verdade. Gostei muito da forma como o conseguiu escrever...
E todos nós já, em alguma altura da nossa vida, passamos ou sentimos algo parecido com isto, não?
Solidão a Dois
"No meio de trabalho, eu e o meu amigo D. lá íamos tratando das coisas e falando sobre assuntos que nada tinham a ver com o exercício das nossas funções. Como homem que é (apesar de ser o gajo mais gaja que conheço), perguntei-lhe porque é que os homens insistem em manter uma relação com mulheres das quais não gostam, mulheres com quem sabem que não vão construir nada de nada, mulheres que vivem ao engano achando que eles gostam delas, quando isso não corresponde a nada mais que a uma profunda inverdade. Para ter companhia, respondeu ele. E acrescentou factos sobre a vida dele, dizendo que a actual o preenche espiritualmente, mas fisicamente nem pensar! É um homem que evita as relações sexuais com aquela rapariga o que, expliquei, se ela soubesse era uma humilhação tremenda como mulher. E lembrou de um amigo que temos em comum, o TF., que explica a toda a gente ela diz que eu sou namorado dela e apresenta-se como minha namorada, eu não digo nada! Mas não sou namorado dela! E está (mais) uma mulher a viver ao engano.
E lembrei o fácil que é cair numa situação destas, no fácil que é pensar que se vive uma relação quando se vive um engano. Lembrei-me do T. que me levou para casa dele, que me apresentou como namorada aos amigos, que esteve comigo durante 6 meses, quando acabou comigo ao telefone e proferiu palavras tais como tu nunca foste minha namorada, tu é que és maluca!
E não sei atribuir culpas a este tipo de comportamento. Poder-se-á atribuir a elas? Afinal, exceptuando os casos em que realmente têm conhecimento de tudo mas preferem enfiar a cabeça na areia, às que não sabem que vivem sozinhas numa relação a dois, como poderá alguém culpá-las? E o que se diz/faz a um homem que detém a verdade e não a confessa? Afinal, estes homens não querem perder a "companhia" e assim, do mais profundo egoísmo, mais vale levar uma mulher ao engano do que ficar sozinho em casa aos Domingos. E tão bem que se consegue enganar.
A solidão a dois atinge só um. A solidão a dois é diferente da solidão escolhida ou obrigada, que se impõe em determinados momentos da vida de todos nós. Essa é uma solidão que nos faz crescer, que proporciona o auto-conhecimento, é uma solidão que nos torna selectivos, que nos faz escolher um caminho, uma tomada de decisões, a transformação para melhor, ou pelo menos assim se espera. Este tipo de solidão é um desafio emocional, mas o resultado (tendo em conta as situações que vivi e vi), é benéfico. A solidão a dois é altamente perturbadora, demonizadora, é a constante luta de um interior que se esforça por encontrar respostas ao porquê? e não encontra resposta nunca, ou quase nunca.
No meu caso, anos volvidos continuo à espera das minhas respostas. Já não desespero por elas, já não me tiram o sono, a fome, o peso e o raciocínio saudável, mas gostava de as ter e acredito que vai chegar o dia em que vou poder finalmente vomitar todos os sapos que aqui estão guardados à espera da oportunidade. Nessa altura, a página vai ser completamente virada e deixa de ficar em suspenso, com rabiscos que têm de inesquecível pelas piores razões."
terça-feira, novembro 20, 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Quando finalemnet descobrimos as respostas...mudaram as perguntas..a vida é assim..
:)
Adoro-te!
me too ;)
Enviar um comentário