quarta-feira, fevereiro 28, 2007

!Hasta Pronto!


Vou para aqui.
Madrid, onde a "vida é demasiado importante para ser levada a sério". Oscar Wilde dixit.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Um grande momento!

Mas quando é que me põem na lista negra?

- Está? É da casa do senhor Luis?
- Um momento se faz favor. – responde a minha mulher – Toma é para ti. – diz-me ela, passando-me o telefone com um sorriso do tipo: “Toma lá, para ver se não voltas a olhar para certos decotes, quando vais almoçar comigo.”
- Professor Doutor Luis Miguel, faça favor de dizer. - digo para o telefone.
- Senhor Doutor Luis ?
- Professor Doutor. – corrijo eu.
- Olhe Sr. Professor Luis ...
- Professor Doutor, se faz favor. – volto a corrigir.
- Não pode ser só um deles? – pergunta timidamente.
- Não. – respondo secamente.
- Peço desculpas, Srº Professor Doutor Luis Miguel.
- Pode ser só Professor Doutor.
- Ok. Professor Doutor. Nós estamos...
- Professor Doutor Luis Miguel.
- (primeiro suspiro) Professor Doutor Luis Miguel.
- Sim, sou eu.
- Chamo-me Sara, e estou a telefonar-lhe porque tenho uma oferta para si.
- Estava a brincar.
- Desculpe?
- Estava a brincar consigo.
- Desculpe, mas não estou a perceber.
- Aquilo do Professor Doutor, era eu a reinar consigo.
- (riso forçado) Que engraçado, Srº Luis .
- Pode-me tratar por papá?
- Como????
- Papá. Pode ser? Papá Luisinho .
- Está a brincar, não está?
- Não lhe custa muito, pois não? É só um favor que lhe estou a pedir. – digo eu ofendido.
- Mas....o senhor está a brincar, não está?
- Vá lá . O que lhe custa? Olhe, dou-lhe 5 euros.
- Srº Luis , eu...
- Papá Luisinho .
- (segundo suspiro) Eu tenho uma oferta muito séria para lhe fazer.
- Não disse as palavras mágicas.
- Por favor?
- Não. Papá Luisinho.
- Mas olhe que o que lhe tenho para dar é um produto de elevada qualidade e......
- Não estou a ouvir nada. – interrompo eu.
- (terceiro e o mais profundo suspiro) Não está aí mais ninguém com quem eu possa falar?
- Está, mas não passo. – respondo- A não ser que me chame papá. Afinal, o que lhe custa? (pausa) Se o fizer, eu depois ouço o que tem para me dizer com toda a atenção.
- (pausa com suspiro)
- Vá. Vamos começar do início. – digo eu – Está sim? Faça o favor de dizer.
- (pausa)
- Está sim? - repito.
- Pa ... pap ...(suspiro)
- Siiim !? - insisto.
- Papá Luis . Tenho uma oferta para si.
- NÃO É PAPÁ LUIS. É PAPÁ LUISINHO ... PORRA PÁ, CUSTA MUITO, CUSTA??? (fungadela) VOCÊ É UMA INSENSÍV ....(fungadela) JÁ NÃO QUERO MAIS FALAR CONSIGO. PASSE-ME JÁ A SUA SUPERVISORA. (fungadela) - grito.
- Mas....mas...o que....mas que raio....mas só me aparecem malucos.
- NÃO PIORE A SUA SITUAÇÃO. QUERO FALAR IMEDIATAMENTE COM A SUA SUPERVISORA. - exigo eu.
- (pausa prolongada) Boa noite. Fala Gertrudes. Faça favor de dizer. – diz uma voz ríspida.
- Muito boa noite. Seria possível saber onde é para ir buscar a minha oferta? A Sara não me quis dizer.
- Desculpe? Não lhe disse onde podia ir levantar a sua oferta? – diz com uma voz mais descontraída.
- Não. Mas se não acredita em mim, pergunte-lhe.
- Não. Claro que não é preciso perguntar. Eu tratarei agora pessoalmente do seu caso.
- Finalmente uma pessoa com quem se pode falar.
- Com certeza. Então dá-me licença que o informe sobre a nossa oferta?
- Claro que sim, mas.....peço desculpa pelo atrevimento e espero que me perdoe se eu estiver a ser inconveniente, mas....é senhora ou é menina?
- (pequeno riso) Bom, não está a ser inconveniente. É menina. Mas vamos então á nossa oferta.
- Olhe menina Gertrudes, eu vou ser sincero consigo. Eu sou uma pessoa humilde, criado no campo, no meio dos animais. Subi na vida a pulso. Hoje sou um homem de posses. Tenho hectares e hectares de terrenos. Vacas, ovelhas, bichos que nunca mais acabam e adoro cada um deles. Tenho tudo o que quero da vida. Aquilo que eu não tenho, é porque não me interessa. Só há algo que eu ainda não encontrei: o amor de uma mulher. Isso é que me faz falta....A Sara é boa moça, mas nota-se que ainda não tem aquela experiência de vida que faz da Gertrudes aquilo que é: Uma Mulher.... Notei logo no seu tom de voz, que existia algo em si de especial (pausa) Já percebeu que não quero saber da oferta, agora.... se a Gertrudes não achar que estou a abusar, e me ceder uns minutos do seu tempo para um pequeno encontro....um café, num sitio público claro. O que me diz?
- (pausa)-
Só mais uma coisa.
- Sim, diga.
- Gosta de sexo com animais? – pergunto timidamente.
- tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

Nota: Tenho que confessar que depois de me desligar o telefone, fiquei a pensar que poderia ter magoado a moça, mas as gargalhadas que a minha mulher deu durante o resto da noite fizeram-me esquecer rapidamente esse pequeno pormenor. E sim, fazer rir uma mulher continua a ser o melhor afrodisíaco que conheço.


Retirado daqui!
Li Vida de Casado de fio a pavio :) É sem dúvida, um dos melhores blogs que já visitei...
E este post... ainda me estou a rir!!!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

(há coisas que nunca irão mudar...)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Para ti:

Diz Vinicius de Moraes:


"Procura-se um amigo. Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.

(...)

Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive."

Soube hoje que te vais embora. Já. Vais procurar a tranquilidade que procuras, vais iniciar uma viagem solitária e dolorosa, com aventuras... E eu não sei o que dizer.

Gosto tanto de ti.
Porque és humana, porque ainda acreditas nas pessoas, porque me fazes sorrir, porque és linda (por dentro e por fora), porque me fizeste acreditar que o amor ainda existe, porque me fizeste entender que o que interessa mesmo é viver sem medo, porque tantas e tantas vezes me deste a mão, me limpaste as lágrimas, abraçaste e acalmaste as minhas tormentas. Porque nunca me julgaste, porque sempre me apoiaste, porque sofres, porque não finges aquilo que não és, porque andas à procura de alguma coisa e não desistes, porque és tu mesma.

E é por tudo isto e muito mais que eu gosto tanto de ti, minha irmã.

Não vou dizer mais nada, o resto tu sabes...

IVG

Notável o post abaixo, retirado na íntegra do Blog "Arquipélago dos Gladiadores":

"É já no próximo Domingo que se realiza um novo referendo sobre a despenalização do aborto. O que se vai decidir é se uma mulher pode, sem justificação, proceder à interrupção voluntária da gravidez, até às 10 semanas.

Por princípio ideológico (religioso ou não!), ninguém estará de acordo com o aborto. Por muito que se diga e se filosofe, trata-se de decidir a morte de alguém.

Na minha modesta opinião, a questão não tem a ver com a liberdade da mulher poder decidir. Parece-me não ter o direito de optar em ter ou não ter um filho, depois de estar grávida. Ela não pode optar no momento da criação? Concerteza que pode. Se o fez sujeitou-se ao risco e deve responsabilizar-se pelo seu acto e não fugir com o rabo à seringa. Pouco importa se a pílula não funcionou ou o preservativo rebentou. Apesar de tudo, quantos de nós com possibilidades de recorrer a clínicas privadas no exterior, caso estivéssemos perante uma situação de gravidez não desejada, optaria efectivamente por não abortar? Seremos assim tão equilibrados por princípios tão claros ou só estaremos a pensar que os outros é que fazem abortos?

Hoje o aborto clandestino existe e as principais vítimas são as mulheres que não têm em quem se apoiar e que tomam muitas vezes a decisão errada (quer de fazer o filho, quer de interromper a gravidez). Recorrem a “carniceiros” e muitas vezes porque não têm a informação que tantos nós temos o privilégio de ter. O grande problema é mesmo a sociedade em que vivemos. Para quem tem o seu lar, a sua família, a oportunidade de estudar, de aprender ou de se informar, o não ao aborto parece óbvio.

No entanto, a sociedade tem demasiados desequilíbrios. Infelizmente, nem todas as pessoas têm o mesmo nível de formação, informação e mesmo de amor! Por isso, cometem o que os outros acham um erro. Essas mulheres têm que sofrer por tal acto, tendo que arriscar mesmo a própria vida? Será justo que existam médicos a ganhar fortunas aproveitando-se de uma ilegalidade que dificilmente pode ser controlada?

O que mudou desde o último referendo para que haja a expectativa de que algo vá mudar agora, se ganhar o NÃO?

Quantas crianças nascem em lares que não apresentam condições mínimas para dar uma vida consonante com os padrões mínimos de sobrevivência? Será que também nessa situação estamos a ser justos com a criança? Será que estamos a ser socialmente responsáveis?

Contudo, se o SIM ganhar, passaremos a ter nos hospitais a possibilidade de abortar com as condições sanitárias necessárias ao bem-estar da mulher. Nesta situação, quantas mulheres irão abortar porque engravidaram do amante? Infelizmente é o que também vai acontecer!

Tudo na vida tem consequências e, quer ganhe o SIM quer ganhe o NÃO, a sociedade tem uma dura tarefa para enfrentar!

Se ganhar o SIM nunca teremos uma solução, pois será necessário que o processo seja acompanhado por uma melhor educação sexual e social. Só assim o aborto poderá efectivamente diminuir. De outra forma vai aumentar.

Se ganhar o NÃO tudo vai continuar como até aqui. A lei não é aplicada e cá estamos nós na hipocrisia social. O aborto existe, fechemos os olhos, não condenemos e deixemos que as mulheres morram ao colo do “carniceiro”! Só porque nós achamos que não! Se uma mulher o faz na mesma, ao menos que o faça em segurança e cá estaremos para a condenar de acordo com os princípios de cada um!"

Uma análise brilhante e de uma lúcidez extrema.

Tem-se falado muito sobre a questão do aborto, sobre o sim e o não; despenalização ou liberalização; moralidade; leviandez, etc.

Mas o que eu não vejo falar é sobre a criação das condições para que não haja tantas mulheres a fazerem abortos...

Faltam condições para se poder ter filhos, apoios a mães solteiras, a casais cujo rendimento não lhes permite educar uma criança com todos os bens necessários. Ou será que €20 ou €30/mês chega para comprar fraldas, leite, medicamentos, roupas...?

Na minha opinião antes de se pensar nas condições que se devem, ou não, criar à chegada, tem de se pensar e incentivar as condições de partida...

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Páginas da Vida


Não sou muito de ver telenovelas, mas esta, confesso, está-me a deixar colada ao ecrã...
Muito real, com histórias do dia-a-dia em que Manoel Carlos foca os muitos problemas da sociedade!
E é verem-me ora de lágrima no canto do olho, ora de sorriso na cara como ontem quando esta menina deu o seu testemunho...
:)

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Será que o Verão ainda demora muito a chegar?
É que eu já não aguento mais este frio, com tanta roupa que se usa para não deixar entrar o gelo que por aí anda...
as pessoas andam tristes e deprimidas.
o dia acorda sempre triste
e ainda aí vem a chuva...

A única coisa que me consola é chegar a casa, encontrá-la quentinha, ir para o sofá enrolar-me em mantas, enroscarmo-nos e sentir o tempo a passar sem pressas... com filmes e coisas boas :)