
segunda-feira, abril 30, 2007
quarta-feira, abril 18, 2007
Não sei se será por dormir pouco, passar muits horas em casa, ou se por... enfim.
Só sei que hoje me apetecia pegar em alguém, meter-me no carro e só parar numa bonita esplanada frente ao mar, comer um peixinho grelhado acompanhado de um bom branco e respirar fundo...
É... ando a precisar de sorrir. Consegues?
quinta-feira, abril 12, 2007
terça-feira, abril 03, 2007
Quem me leva os meus fantasmas
segunda-feira, abril 02, 2007
terça-feira, março 27, 2007
A propósito...
Tenho saudades dos Meninos do Porto,
de nós estrada fora atrás de um concerto,
dos abraços fechados,
do Lume,
das conversas entre km de estrada,
dos fzz fzz,
dos risos e lágrimas,
das noites compridas,
da cumplicidade...
Tenho saudades da Paulinha, da Vânia, do Vasco (o sotaque, as gargalhadas, as histórias ;) ), do Miguel, do Luís, da Lídia, da Sandra, da Xana, da Tess, da Saudade, do Ricardo, do Sérgio, do Carlos, da Irís, do Rafa, da Mafalda, da Ana, entre muitos outros...
Este fim de semana fui apanhada de surpresa!
Havia um concerto da Mafalda em Alcochete... vi a minha agenda, mas rapidamente me apercebi que não iria poder estar presente... E as saudades já são tantas..
À noite, toca o telefone, atendo e desato a sorrir! Afinal estava lá... :) Ouço a voz da Mafalda, ouço-vos a cantar e foi como se estivesse lá convosco. E foi tão bom... chorei a rir e cantei...
E as saudades, são muitas.
Quero voltar para a estrada, quero sentir a nossa cumplicidade, algo que é tão nosso...
Quero estar outra vez com os Meninos do Porto ao "Fim do Dia" e partir para mais um concerto...
Tess, muito muito obrigada :)
segunda-feira, março 19, 2007
Tesourinho Deprimente
Vi este vídeo no Arquipélago dos Gladiadores e não resisti a colocá-lo aqui.
É uma prova viva deste governo Sócrates...
quarta-feira, março 14, 2007
Mafalda Veiga - Cada Lugar Teu
A minha forma de me acalmar...
(saudades dos reencontros e da estrada)
quinta-feira, março 08, 2007
Mulher
quarta-feira, março 07, 2007
terça-feira, março 06, 2007
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
!Hasta Pronto!
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Um grande momento!
- Está? É da casa do senhor Luis?
- Um momento se faz favor. – responde a minha mulher – Toma é para ti. – diz-me ela, passando-me o telefone com um sorriso do tipo: “Toma lá, para ver se não voltas a olhar para certos decotes, quando vais almoçar comigo.”
- Professor Doutor Luis Miguel, faça favor de dizer. - digo para o telefone.
- Senhor Doutor Luis ?
- Professor Doutor. – corrijo eu.
- Olhe Sr. Professor Luis ...
- Professor Doutor, se faz favor. – volto a corrigir.
- Não pode ser só um deles? – pergunta timidamente.
- Não. – respondo secamente.
- Peço desculpas, Srº Professor Doutor Luis Miguel.
- Pode ser só Professor Doutor.
- Ok. Professor Doutor. Nós estamos...
- Professor Doutor Luis Miguel.
- (primeiro suspiro) Professor Doutor Luis Miguel.
- Sim, sou eu.
- Chamo-me Sara, e estou a telefonar-lhe porque tenho uma oferta para si.
- Estava a brincar.
- Desculpe?
- Estava a brincar consigo.
- Desculpe, mas não estou a perceber.
- Aquilo do Professor Doutor, era eu a reinar consigo.
- (riso forçado) Que engraçado, Srº Luis .
- Pode-me tratar por papá?
- Como????
- Papá. Pode ser? Papá Luisinho .
- Está a brincar, não está?
- Não lhe custa muito, pois não? É só um favor que lhe estou a pedir. – digo eu ofendido.
- Mas....o senhor está a brincar, não está?
- Vá lá . O que lhe custa? Olhe, dou-lhe 5 euros.
- Srº Luis , eu...
- Papá Luisinho .
- (segundo suspiro) Eu tenho uma oferta muito séria para lhe fazer.
- Não disse as palavras mágicas.
- Por favor?
- Não. Papá Luisinho.
- Mas olhe que o que lhe tenho para dar é um produto de elevada qualidade e......
- Não estou a ouvir nada. – interrompo eu.
- (terceiro e o mais profundo suspiro) Não está aí mais ninguém com quem eu possa falar?
- Está, mas não passo. – respondo- A não ser que me chame papá. Afinal, o que lhe custa? (pausa) Se o fizer, eu depois ouço o que tem para me dizer com toda a atenção.
- (pausa com suspiro)
- Vá. Vamos começar do início. – digo eu – Está sim? Faça o favor de dizer.
- (pausa)
- Está sim? - repito.
- Pa ... pap ...(suspiro)
- Siiim !? - insisto.
- Papá Luis . Tenho uma oferta para si.
- NÃO É PAPÁ LUIS. É PAPÁ LUISINHO ... PORRA PÁ, CUSTA MUITO, CUSTA??? (fungadela) VOCÊ É UMA INSENSÍV ....(fungadela) JÁ NÃO QUERO MAIS FALAR CONSIGO. PASSE-ME JÁ A SUA SUPERVISORA. (fungadela) - grito.
- Mas....mas...o que....mas que raio....mas só me aparecem malucos.
- NÃO PIORE A SUA SITUAÇÃO. QUERO FALAR IMEDIATAMENTE COM A SUA SUPERVISORA. - exigo eu.
- (pausa prolongada) Boa noite. Fala Gertrudes. Faça favor de dizer. – diz uma voz ríspida.
- Muito boa noite. Seria possível saber onde é para ir buscar a minha oferta? A Sara não me quis dizer.
- Desculpe? Não lhe disse onde podia ir levantar a sua oferta? – diz com uma voz mais descontraída.
- Não. Mas se não acredita em mim, pergunte-lhe.
- Não. Claro que não é preciso perguntar. Eu tratarei agora pessoalmente do seu caso.
- Finalmente uma pessoa com quem se pode falar.
- Com certeza. Então dá-me licença que o informe sobre a nossa oferta?
- Claro que sim, mas.....peço desculpa pelo atrevimento e espero que me perdoe se eu estiver a ser inconveniente, mas....é senhora ou é menina?
- (pequeno riso) Bom, não está a ser inconveniente. É menina. Mas vamos então á nossa oferta.
- Olhe menina Gertrudes, eu vou ser sincero consigo. Eu sou uma pessoa humilde, criado no campo, no meio dos animais. Subi na vida a pulso. Hoje sou um homem de posses. Tenho hectares e hectares de terrenos. Vacas, ovelhas, bichos que nunca mais acabam e adoro cada um deles. Tenho tudo o que quero da vida. Aquilo que eu não tenho, é porque não me interessa. Só há algo que eu ainda não encontrei: o amor de uma mulher. Isso é que me faz falta....A Sara é boa moça, mas nota-se que ainda não tem aquela experiência de vida que faz da Gertrudes aquilo que é: Uma Mulher.... Notei logo no seu tom de voz, que existia algo em si de especial (pausa) Já percebeu que não quero saber da oferta, agora.... se a Gertrudes não achar que estou a abusar, e me ceder uns minutos do seu tempo para um pequeno encontro....um café, num sitio público claro. O que me diz?
- (pausa)-
Só mais uma coisa.
- Sim, diga.
- Gosta de sexo com animais? – pergunto timidamente.
- tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Nota: Tenho que confessar que depois de me desligar o telefone, fiquei a pensar que poderia ter magoado a moça, mas as gargalhadas que a minha mulher deu durante o resto da noite fizeram-me esquecer rapidamente esse pequeno pormenor. E sim, fazer rir uma mulher continua a ser o melhor afrodisíaco que conheço.
Retirado daqui!
Li Vida de Casado de fio a pavio :) É sem dúvida, um dos melhores blogs que já visitei...
E este post... ainda me estou a rir!!!
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Para ti:
"Procura-se um amigo. Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
(...)
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive."
Soube hoje que te vais embora. Já. Vais procurar a tranquilidade que procuras, vais iniciar uma viagem solitária e dolorosa, com aventuras... E eu não sei o que dizer.
Gosto tanto de ti.
Porque és humana, porque ainda acreditas nas pessoas, porque me fazes sorrir, porque és linda (por dentro e por fora), porque me fizeste acreditar que o amor ainda existe, porque me fizeste entender que o que interessa mesmo é viver sem medo, porque tantas e tantas vezes me deste a mão, me limpaste as lágrimas, abraçaste e acalmaste as minhas tormentas. Porque nunca me julgaste, porque sempre me apoiaste, porque sofres, porque não finges aquilo que não és, porque andas à procura de alguma coisa e não desistes, porque és tu mesma.
E é por tudo isto e muito mais que eu gosto tanto de ti, minha irmã.
Não vou dizer mais nada, o resto tu sabes...
IVG
"É já no próximo Domingo que se realiza um novo referendo sobre a despenalização do aborto. O que se vai decidir é se uma mulher pode, sem justificação, proceder à interrupção voluntária da gravidez, até às 10 semanas.
Por princípio ideológico (religioso ou não!), ninguém estará de acordo com o aborto. Por muito que se diga e se filosofe, trata-se de decidir a morte de alguém.
Na minha modesta opinião, a questão não tem a ver com a liberdade da mulher poder decidir. Parece-me não ter o direito de optar em ter ou não ter um filho, depois de estar grávida. Ela não pode optar no momento da criação? Concerteza que pode. Se o fez sujeitou-se ao risco e deve responsabilizar-se pelo seu acto e não fugir com o rabo à seringa. Pouco importa se a pílula não funcionou ou o preservativo rebentou. Apesar de tudo, quantos de nós com possibilidades de recorrer a clínicas privadas no exterior, caso estivéssemos perante uma situação de gravidez não desejada, optaria efectivamente por não abortar? Seremos assim tão equilibrados por princípios tão claros ou só estaremos a pensar que os outros é que fazem abortos?
Hoje o aborto clandestino existe e as principais vítimas são as mulheres que não têm em quem se apoiar e que tomam muitas vezes a decisão errada (quer de fazer o filho, quer de interromper a gravidez). Recorrem a “carniceiros” e muitas vezes porque não têm a informação que tantos nós temos o privilégio de ter. O grande problema é mesmo a sociedade em que vivemos. Para quem tem o seu lar, a sua família, a oportunidade de estudar, de aprender ou de se informar, o não ao aborto parece óbvio.
No entanto, a sociedade tem demasiados desequilíbrios. Infelizmente, nem todas as pessoas têm o mesmo nível de formação, informação e mesmo de amor! Por isso, cometem o que os outros acham um erro. Essas mulheres têm que sofrer por tal acto, tendo que arriscar mesmo a própria vida? Será justo que existam médicos a ganhar fortunas aproveitando-se de uma ilegalidade que dificilmente pode ser controlada?
O que mudou desde o último referendo para que haja a expectativa de que algo vá mudar agora, se ganhar o NÃO?
Quantas crianças nascem em lares que não apresentam condições mínimas para dar uma vida consonante com os padrões mínimos de sobrevivência? Será que também nessa situação estamos a ser justos com a criança? Será que estamos a ser socialmente responsáveis?
Contudo, se o SIM ganhar, passaremos a ter nos hospitais a possibilidade de abortar com as condições sanitárias necessárias ao bem-estar da mulher. Nesta situação, quantas mulheres irão abortar porque engravidaram do amante? Infelizmente é o que também vai acontecer!
Tudo na vida tem consequências e, quer ganhe o SIM quer ganhe o NÃO, a sociedade tem uma dura tarefa para enfrentar!
Se ganhar o SIM nunca teremos uma solução, pois será necessário que o processo seja acompanhado por uma melhor educação sexual e social. Só assim o aborto poderá efectivamente diminuir. De outra forma vai aumentar.
Se ganhar o NÃO tudo vai continuar como até aqui. A lei não é aplicada e cá estamos nós na hipocrisia social. O aborto existe, fechemos os olhos, não condenemos e deixemos que as mulheres morram ao colo do “carniceiro”! Só porque nós achamos que não! Se uma mulher o faz na mesma, ao menos que o faça em segurança e cá estaremos para a condenar de acordo com os princípios de cada um!"
Uma análise brilhante e de uma lúcidez extrema.
Tem-se falado muito sobre a questão do aborto, sobre o sim e o não; despenalização ou liberalização; moralidade; leviandez, etc.
Mas o que eu não vejo falar é sobre a criação das condições para que não haja tantas mulheres a fazerem abortos...
Faltam condições para se poder ter filhos, apoios a mães solteiras, a casais cujo rendimento não lhes permite educar uma criança com todos os bens necessários. Ou será que €20 ou €30/mês chega para comprar fraldas, leite, medicamentos, roupas...?
Na minha opinião antes de se pensar nas condições que se devem, ou não, criar à chegada, tem de se pensar e incentivar as condições de partida...
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Páginas da Vida
Não sou muito de ver telenovelas, mas esta, confesso, está-me a deixar colada ao ecrã...
Muito real, com histórias do dia-a-dia em que Manoel Carlos foca os muitos problemas da sociedade!
E é verem-me ora de lágrima no canto do olho, ora de sorriso na cara como ontem quando esta menina deu o seu testemunho...
:)
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
É que eu já não aguento mais este frio, com tanta roupa que se usa para não deixar entrar o gelo que por aí anda...
as pessoas andam tristes e deprimidas.
o dia acorda sempre triste
e ainda aí vem a chuva...
A única coisa que me consola é chegar a casa, encontrá-la quentinha, ir para o sofá enrolar-me em mantas, enroscarmo-nos e sentir o tempo a passar sem pressas... com filmes e coisas boas :)
quarta-feira, janeiro 31, 2007
Pois é...
Vai às compras...
:)
Já aqui tinha dito que sou doida por malas e sapatos?! Hoje foi dia dos sapatos lol!
Perdi a cabeça por umas botas e uns sapatos...
Ai.
E só não trouxe o 3º par (uns lindos lindos da Cerruti, pretos, de salto com uma pequena aplicação) porque o bom senso veio a mim quando vi o preço dos piquenos €190,00... e achei que já tinha gasto demais para um dia só...
Suspiros
Mas são lindos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
segunda-feira, janeiro 29, 2007
segunda-feira, janeiro 22, 2007
iPhone

A Apple reinventou o telemóvel, diz Steve Jobs.
Conjugando um iPod com um telemóvel, este novo bichinho armazena qualquer coisa como 8 gigabytes de informação!
Características fantásticas aliadas ao factor tamanho (pequeno, com apenas 1,6mm de espessura), beleza e funcionalidade (não tem botões), torna-o objecto de desejo e cobiça ;)
Além que o preço não é muito elevado, variando entre os 500 e os 700 dólares!
Estará á venda em Portugal no último trimestre do ano!!!
Oooohhhh "Mããããeeee" eu quero uummmmmmmmmm, dá, dá, dá! Ooohhhhh dáááááááááá! Vá láááááááááááá!!!!
Yuuuuuuuuuuuuuuuuuuupiiiiiiiiiiiiiiiiiiieeeeeeeeeeeeeee!!!
:)
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Bem
Se me encostasse agora adormecia.
Eu devo ter alguma costela alentejana hehe!
Voto sim a favor da hora da sesta.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Hehe
Serviço de Luxo?!
Além que o serviço de catering não é grande coisa. O meu bolo de chocolate é bem melhor lol!
P.S: Acabei de avistar a srª da Liga! Vamos lá ver o que traz hoje hehe!
sábado, janeiro 13, 2007
Bora lá comprar o Moët...
São para todos os gostos e feitios... Descobri isso esta semana.
Festeja-se o aniversário: do gato; da vizinha do quarteirão a seguir; da compra daquela camisola que tanto se queria; do móvel novo pra sala; das 100 gramas que se perdeu; da nova promoção no minipreço... Resumindo, de tudo.
Ou então... é dos poucos pretextos que ainda encontram para se fazerem notar...
Já agora: Parabéns!
segunda-feira, janeiro 08, 2007
Tenho estado...
Primeiro pensei que me tinha passado algum camião por cima tais eram as dores no corpo todo, depois veio a febre (muita...) e finalmente as dores de garganta.
As minhas amígdalas, uma vez mais, não me deixam em paz. Grrr!
Ainda gostava de saber que mal fiz eu pra estar assim...
(o que me safa, no meio disto tudo, é o enfermeiro... ;)
terça-feira, janeiro 02, 2007
quarta-feira, dezembro 27, 2006
Ora nem mais
Num País onde as palavras de ordem repetidas por Sócrates são “trabalho árduo”, os funcionários públicos têm hoje uma magnânima tolerância de ponto. A uma terça-feira. Num País onde as palavras de ordem repetidas por Sócrates são “trabalho árduo”, os funcionários públicos têm hoje uma magnânima tolerância de ponto. A uma terça-feira.
O mesmo primeiro-ministro apregoa a necessidade de alavancar a produtividade com uma mão e com a outra assina mais um feriado sem sentido para 730 mil trabalhadores.
Por que razão tem o País hoje todos os serviços públicos fechados? Se precisa resolver qualquer assunto em que os serviços do Estado intervêm, espere por amanhã – é este o sinal que se pretende dar à actividade privada? Acha José Sócrates que os sindicatos lhe vão agradecer? E como? Desconvocando greves? Estes mesmos sindicatos que criticam Rui Rio por não ter alinhado na nacional bandalheira, negando a tolerância de ponto aos trabalhadores da Câmara do Porto.
E muito bem. O País tem de deixar as duas velocidades: a do sector privado, sempre pressionado por cargas fiscais exageradas e dependente do que consegue produzir para sobreviver; e a do público, com a sua modorra atávica, para a qual todas as pontes não são de mais e Portugal é um poço sem fundo que jamais se esgotará não obstante a passividade produtiva.
Com a corajosa decisão, que hoje põe à disposição dos cidadãos os serviços públicos de que necessitam, Rio dá uma lição ao País. E ao Governo socialista.
São de Sócrates os apelos ao “trabalho árduo”, mas é a Câmara do Porto que o põe em prática. Enquanto Rio for excepção, Portugal não sairá da regra de um País de mão estendida."
Octávio Ribeiro, Director Adjunto do Correio da Manhã
Concordo a 100% com estas palavras.
Pode-se dizer o que quiserem de Rui Rio: que é arrogante, presunçoso, petulante, etc.
Mas, a verdade é que neste estilo que marca a diferença, é um presidente de câmara exemplar, que trabalha dia após dia convicto dos seus ideais de gestão e apresenta bons resultados.
São muitos os portuenses socialistas que deram a mão à palmatória e reconhecem o trabalho de Rio, independentemente do partido a que este pertence.
Rui Rio tem-se mostrado coerente, íntegro, e com um programa bem definido, nomeadamente no que concerne às despesas correntes e, sobretudo, subsídios. Admiro o seu carácter e determinação e acredito que irá chegar muito longe...
domingo, dezembro 24, 2006
Feliz Natal!
I`m simply the best!
(better than all the rest...)
lembrei-me ;)
Era assim que todas nós nos deviamos sentir todos os dias ao acordar!
Have a nice day =)
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Boega
Há uns tempos atrás, através de um fantástico convite para um fim de semana, conheci um sítio apaixonante no Minho
Romântico quanto baste, com um bom serviço, esta histórica estalagem proporciona momentos relaxantes e propícios a momentos a dois e passeios pela natureza.
Conservando os traços originais, restaurou o espaço, colocando ao dispôr dos hóspedes espaços tão diversificados como a Casa do Presidente, a capela, a biblioteca, os jardins ou ainda a piscina de pedra.
Os quartos, com pinturas do século XVII e vistas sobre o jardim e o rio Minho, são distintos. A junção da pedra e dos tectos de madeira típicos da época com mobiliário adequado transformam esta casa em Vila Nova de Cerveira num local em que se espera voltar sempre.
O restaurante "O Pregrino" situado na propriedade revelou-se uma boa surpresa pela qualidade e simpatia.
Por tudo isto e muito mais espero regressar brevemente.
Mas assim... de Inverno e com a lareira sempre acesa...
:)
sexta-feira, dezembro 15, 2006
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Porra
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Um cheirinho só =)
Oh pá
De sentir,
cheirar o mundo,
viver as pessoas,
aprender,
renovar...
E quem sabe um dia talvez regressar.
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Off
Com uma neura daquelas.
Só me apetece desligar tudo e esconder-me debaixo dos lençóis.
Até mais logo.
Update:
E afinal não meti a cabeça no travesseiro :)
Arranjei-me, mandei o TPM para longe e comecei a sorrir... Primeiro um esboço só, depois fui abrindo o sorriso conforme vocês chegavam e acabamos a noite às gargalhadas!
Acabei por ter uma festa de aniversário fantástica!!!
Jantar aconchegante; chuva; início de noite com alguns copos mas calmo ainda; vento, muito vento; dançar até o corpo doer; vento, vento, vento... e afinal já é de manhã e continuamos todos a sorrir...
A vocês que estiveram lá:
OBRIGADA :)
Pelo carinho,
pela amizade sempre sincera,
pelos abraços,
pelas palavras,
todas.
Sem vocês eu não era tão feliz como sou.
F:
És o meu pilar. A minha segurança. A minha melhor parte. Contigo a vida é bem mais colorida.
U´re my angel...
terça-feira, dezembro 05, 2006
Dá que pensar...
"Prometi há tempos ao FadoAlexandrino que publicaria a sua "declaração de voto" no referendo. Aqui fica, pois.
O povinho português vai ser chamada a votar No Referendo.
E qual é a pergunta?
Ora nem mais:
Concorda que com o dinheirinho dos seus impostos, seja executada um expulsão controlada e prematura do feto, ordenada pela pessoa portadora do mesmo, que não quer ser Mãe, sem dar qualquer explicação nem justificação, num sitio onde os médicos podiam estar a fazer outras coisas, como por exemplo pôr em dia as milhares de operações que estão atrasadas, ou não havendo possibilidade de o referido acto ser ali feito, seja o mesmo executado numa clínica particular (procurar na lista telefónica em Abortos) sendo depois a utente ressarcida do valor pago através da comparticipação do Serviço Nacional de Saúde?
Eu vou dizer não.
Se você acha que deve pagar para eliminar os erros dos outros que se fartaram de gozar ao fazê-los, esteja à vontade, diga sim.
____________________________a minha resposta:
Fado, colocando as coisas do ponto de vista do dinheirinho do contribuinte (que para mim nunca foi um problema a considerar, mas é a questão que colocas), aplicado no local onde os médicos podiam estar a fazer outras coisas ou em clínicas particulares, vamos à questão dos gastos e ao consumo de recursos com a verdade pura e dura: em que é que o Estado gasta mais, no aborto ou em tudo a que essa mãe e essa criança vão ter direito? é o dinheiro que está em causa, ou, a ser, seria mais ao contrário?
Depois vem a questão mais delicada da moralidade, muito mais discutível. No fundo o que me parece a tua grande questão é pagar para eliminar os erros dos outros que se fartaram de gozar ao fazê-los.
E aqui, meu amigo, muito longe nos poderia levar este argumento; como te respondi lá, os exemplos a considerar e a ponderar em termos de legitimidade de acesso aos meios e aos dinheiros do Estado, são vários. Vejamos alguns:
-O tabaco, fonte de prazer para quem o usa, é uma causa conhecida de Doença Pulmonar Crónica Obstrutiva e de Cancro: devem os fumadores ter direito a tratamento?
-O Alcoolismo, é uma praga nacional e, concordarás, quem bebe, sente algum prazer com isso e fá-lo de livre vontade. Devem os contribuintes estar de acordo com o tratamento dos doentes com cirrose hepática?
-Os acidentes de viação são outra praga nacional, causa de mortalidade e morbilidade elevadíssimas. Deve o Estado recusar-se a tratar vítimas de acidentes que conduzem de forma irresponsável em excesso de velocidade ou com alto teor de alcoolemia?
-A SIDA tem no nosso País uma prevalência das maiores da Europa. É das doenças que maiores recursos económicos consome, está associada a comportamentos de risco, e penso que concordarás, podemos incluir estes doentes no grupo dos que se fartaram de gozar, e acrescento, de forma completamente...umas vezes suicida, outras assassina. Deve o estado, deixar de financiar os tratamentos?
Ainda te deixei outro exemplo: O cancro do útero está associado à nuliparidade( zero filhos) e à ausência de vida sexual. Deve-se condenar o comportamento de risco e limitar os tratamentos a quem tenha feito esta opção?
É, Fado. É perigoso entrar pela via da análise de comportamentos."
segunda-feira, dezembro 04, 2006
19/07/34 a 4/12/1980
domingo, dezembro 03, 2006
Ora bem :)
- Este relógio da Omega ou o modelo Vilamoura da Eletta (aweeeeeeee grande presente!!!);
- Anel da linha Chien ou Class One da Chaumet em ouro branco (tive como melhor presente do Mundo o liens da Chaumet. Sinceramente, não quero mais nada.. :);
- Anel da linha Possession da Piaget;
- BMW X3 ou o Volkswagen Touareg ou se não for pedir muito um destes;
- Hot Bear;
- uma tábua de engomar assim mas com uma foto diferente... pode ser com este, este ou ainda este;
- aquele roupão branco da Gant ... é tão lindo!
- Vestido do Nuno Baltazar :) (esta só algumas pessoas irão perceber) (pois bem, já está :) ;
- Isto para fazer conjunto com a mala que me ofereceram este fim de semana :D ;
- DVD's: colecções de ER - Serviço de Urgencia, House - MD, Lost, Ally McBeal, Sexo e a Cidade (já tenho a colecção toda ;)), Os Sopranos, Friends e Donas de Casa Desesperadas;
- Um destes conjuntos da Éprise ou Antinéa da Lise Charmel, La Perla ou do género :)
- Este perfume da Escada (Sunset Heat) já foi oferecido hehe :D
- Livros:
- Gonçalo Cadilhe: Planisfério Pessoal (done!)
- David S. Landes: A Pobreza e a Riqueza das Nações;
- Frans Lanting: Olhos nos Olhos;
- As Trevas;
- Rodrigo Guedes de Carvalho: Mulher em Branco (já cá canta :D)
- Paul Reiser: Doido por Ti;
- Miguel Sousa Tavares: Sul;
- Pearl S. Buck: A Boa Terra;
- José Saramago: As Pequenas Memórias;
- Ruth Rendell: Sentença em Pedra;
- José António Saraiva: Confissões;
- José Rodrigues dos Santos: A Fórmula de Deus (done!);
- Cd dos The Gift
- Um fim de semana num qualquer espaço bonito a dois (já tive ;) )
- etc;
quinta-feira, novembro 30, 2006
Tive aqui a pensar e...
Ou seria abusar muito? ;)
P.S.: Bom feriado!!!
terça-feira, novembro 28, 2006
Adoro-as
sexta-feira, novembro 24, 2006
Sirvam-se :)
Fantástica

O comentador político e antigo deputado lamenta ver «militantes a não só aceitarem a classificação, mas classificarem-se como militantes de um partido de direita», acrescentando que se esses militantes «lessem e estudassem o programa» do PSD isso não aconteceria uma vez que, segundo este, «Sá Carneiro explicitamente negou a classificação como partido de direita».
Pacheco Pereira advertiu para a necessidade do PSD não repetir erros cometidos no passado e que ainda hoje custam caro ao partido, dando um exemplo que se reporta ao tempo da liderança de Cavaco Silva, quando «o PSD apareceu, em dois ou três discursos, a falar da trilogia salazarista «Deus, Pátria e Família».
Para o ex-eurodeputado, este é um erro pelo facto do PSD ainda que «moldado pela tradição da Doutrina Social da Igreja» ser na verdade «um partido programaticamente laico», apesar da sua «tradição de personalismo de raiz cristã».
Neste debate, Pacheco Pereira disse ainda que o partido não pode voltar a cometer o erro de fazer uma campanha eleitoral «populista à americana, negando a identidade dos partidos adversários».
«São erros que pagámos caríssimo e que, provavelmente, vamos continuar a pagar por mais anos», frisou, defendendo que, paralelamente à discussão sobre a revisão do programa do partido, o PSD deve discutir a alteração dos seus estatutos, de modo a «reforçar a dimensão cívica do partido».
O ex-eurodeputado advertiu ainda que o «PS vai pagar caro por governar mantendo o partido num canto», acrescentado que «um partido de funcionários públicos é um desastre».
Pacheco Pereira alertou também para as «boas e má consequências da globalização» e para a espectacularização da política», defendendo que o PSD deve intervir em questões importantes para o futuro do país, como a educação, a bioética e a investigação científica.
quinta-feira, novembro 23, 2006
Hoje...

E não gostei nada :(
Não ganhei para o susto, além que me destruiu a frente toda do carro e magoou-me :(
Passou o vermelho, bateu-me com toda a força num cruzamento e ainda diz que não me viu.
Tem dias assim... Dias não.
domingo, novembro 19, 2006
Sabias que és...
segunda-feira, novembro 13, 2006
Magusto
Gostei de vos reunir à mesa.
Gosto das noites assim, sem pressa.
Comeram-se castanhas, contaram-se histórias e provou-se o vinho.
Desafio:
quinta-feira, novembro 09, 2006
Fim de Dia

Esperei-te no fim de um dia cansado
À mesa do café de sempre
O fumo, o calor e o mesmo quadro
Na parede já azul poente
Alguém me sorri do balcão corrido
Alguém que me faz sentir
Que há lugares que são pequenos abrigos
Para onde podemos sempre fugir
Da tarde tão fria há gente que chega
E toma um café apressado
E há os que entram com o olhar perdido
À procura do futuro no avesso do passado
O tempo endurece qualquer armadura
E às vezes custa arrancar
Muralhas erguidas à volta do peito
Que não deixam partir nem deixam chegar
O escuro lá fora incendeia as estrelas
AS janelas, os olhares, as ruas
Cá dentro o calor conforta os sentidos
Num pequeno reflexo da lua
Enquanto espero percorro os sinais
Do que fomos que ainda resiste
As marcas deixadas na alma e na pele
Do que foi feliz e do que foi triste
Sabe bem voltar-te a ver
Sabe bem quando estás ao meu lado
Quando o tempo me esvazia
Sabe bem o teu abraço fechado
E tudo o que me dás quando és
Guarida junto à tempestade
Os rumos para caminhar
No lado quente da saudade
Mafalda Veiga
Ofir é o meu abrigo, o meu retorno, o meu descanso.
Basta uma tarde, uma noite, algumas horas.
Lá reencontro-me(te).
Sou feliz ali.
É onde choro, falo, sorrio e desabafo.
E amo.
quarta-feira, novembro 08, 2006
Upa
terça-feira, novembro 07, 2006
sexta-feira, novembro 03, 2006
Chocolate
terça-feira, outubro 31, 2006
1+ 1 =
quinta-feira, outubro 26, 2006
Apetece-me
sábado, outubro 21, 2006
Feiras Novas 2006
sexta-feira, outubro 20, 2006
quinta-feira, outubro 12, 2006
Até já!!!
quarta-feira, outubro 11, 2006
Tic Tac
Hoje fui ao médico.
Hoje vi mulheres.
Hoje vi sorrisos.
Hoje vi barrigas enormes, pequenas e grandes.
Hoje vi ansiedade, medo e orgulho.
...
Hoje suspirei baixinho
Fechei os olhos e
Vi um mundo rodeado de crianças
de olhos brilhantes,
roupa suja e cabelo desalinhado.
Hoje vi brincadeiras e travessuras.
...
Hoje senti o relógio,
mais uma vez.
Não.
Ainda é cedo
Sorrio.
Atrasa-te mais um pouco vá.
Hoje voltei a andar com os ponteiros para trás.
....
Quero
Muito
muitos...
terça-feira, setembro 26, 2006
segunda-feira, setembro 25, 2006
domingo, setembro 24, 2006
quarta-feira, setembro 13, 2006
De se tirar o chapéu!
terça-feira, setembro 12, 2006
domingo, setembro 10, 2006
Diário de Bordo
- São Martinho do Porto;
- Óbidos;
- Tróia;
- Lagoa de Melides;
- Lagoa de Santo André;
- Porto Côvo;
- Vila Nova de Milfontes;
- Castelo de Vide;
- Valência de Alcantâra;
- Porto.
Conclusão:
Cansativo, muito. Principalmente o último dia em que fiz Porto Côvo - Beja - Évora - Portalegre - Castelo de Vide - Valência de Alcantâra - Porto. Não, eu não estava doida, mas ele devia estar!! Mas acima de tudo foi muito muito bom! Uma semana fantástica, sempre em boa companhia e onde eu sorri muito!
Estou de bem com a vida :)
terça-feira, setembro 05, 2006
Ai Alentejo Alentejo
(Garganêra... Volta, tás perdoada!)
domingo, agosto 27, 2006
Volto já
Saudade
domingo, agosto 20, 2006
Elogio ao Amor
Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossivel. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à minima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possivel. O amor tornou-se uma questão prática.
O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estupido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raia de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coracao e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida e outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá la um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abracos, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condicão. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusao é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso